sábado, 16 de julho de 2011

Cumplicidade







Cumplicidade é apoio
Cumplicidade é perdão
Cumplicidade é quando sigo junto
Cumplicidade é amizade
Cumplicidade é doação
Cumplicidade amigo é amor sem restrição
Cumplicidade é sair em busca do outro
Cumplicidade é mesmo sem saber se verdade
Cumplicidade é desagravar seja quem for
Cumplicidade meu amigo
Cumplicidade é o caminho
Cumplicidade é não deixar o outro sozinho
Cumplicidade é calar
Cumplicidade é também falar
Cumplicidade é entrega
Cumplicidade é estar junto mesmo longe
Cumplicidade é respeitar
Cumplicidade é ganhar o respeito do outro
Cumplicidade é conquista
Cumplicidade é aprendizado
Cumplicidade é lição.
Cumplicidade para o bem
Cumplicidade não machuca ninguém
Grande demonstração de amor!
Como todos os sentimentos saibam usá-la com ternura
Ajudando as criaturas
Cumplicidade é saber amar
Eu sei...
Tu sabes
Ele sabe
Nós sabemos
Vós sabeis
Eles sabem
Que Cumplicidade é estar junto...
Pensar junto e querer junto...
Cumplicidade meu amigo... é AMOR

Bia Castellano

quinta-feira, 14 de julho de 2011

by Antônio Augusto Fagundes-MULHER GAÚCHA





Antônio Augusto Fagundes

"Os velhos clarins de guerra
desempoeirando as gargantas
quero-querearam no pago.
E o patrão coronelado,
reuniu em torno parentes,
posteiros, peões e agregados.
Chegara um próprio do povo
trazendo urgente recado
que se ia pelear de novo
e o coronel, satisfeito,
dizia, fazendo graça:
"vamos ver, moçada guapa,
quem honra a estirpe farrapa
e atropela numa carga
por um trago de cachaça...
Os velhos clarins de guerra
desempoeirando as gargantas

Um filho saiu tenente,
o mais velho - capitão,
um tio ficou de major.
(o pobre que passa o pior,
a oficial não chega, não:
o capataz foi sargento,
um sota ficou de cabo
e a peonada, e os posteiros,
ficaram soldados rasos
pra pelear de pé no chão...)

Carneou-se um munício farto
- vindo de estâncias vizinhas -
houve rações de farinha,
queijo, salame e bolacha,
se santinguando em cachaça
a sede dos borrachões.

E a não ser saudade e mágoa
nada ficou pra trás
a garganta dos peçuelos
misturava pesadelos
sanguessugando, voraz,
cartuchos e caramelos,
o talabarte e o pala,
bolacha e pente de bala,
fumo e chumbo - guerra e paz...
No humilde rancho de um posto,
um moço encilhou cavalo
beijou a prenda e se foi.
Na madrugada campeira
luzia a estrela boieira
sinuelando o arrebol
e as barras de um dia novo
glorificavam o horizonte
lavando a noite defronte
com tintas de sangue e sol.

E durante largo tempo
ficou a moça na porta
olhando a estrada, a chorar,
sem saber porque o marido
tem que partir e lutar,
não entendia de guerra!
Pobre só votam em quem mandam
e desconhece outra coisa
que não seja trabalhar.

Então a moça franzina
tomou uma decisão!
Esqueceu delicadezas,
ternuras de quase -noiva
e atou os cabelos negros
debaixo de um chapelão
e se atirou no trabalho,
cuidando da casa e campo,
do gado e da plantação.

Emagreceu e tostou-se
e enrijeceu como o aço!
Temperando-se na luta
madurou-se como a fruta
que é torcida no baraço.

Montou e recorreu campo,
botou vaca, tirou leite
e arrastou água da sanga.
Fez do tempo a sua canga
no lento girar do dia
e quando as vezes parava
comovida, acariciava
o ventre, que pouco a pouco
se arredondava e crescia.

Só a noite, quando cansada
fechava o rancho e dormia
seu homem lhe aparecia:
ora voltava da guerra,
ora peleava - e morria!...
Que triste o rancho vazio
nas longas noites de frio
ou nas tardes de garoa!
Que medo de ir a estância!
(e ao mesmo tempo, que ânsia
de saber notícia boa!)
Vizinha perdera o filho.
pra outra, fora o marido.
E um dos que tinham, morrido,
um moço, que era tropeiro,
quando feito prisioneiro
tinha sido degolado
sem nenhuma compaixão.
E até um filho do patrão
se ensartara numa lança
em meio a uma contradança
de berro, tiro e facão.

E o fulano? Que fulano?
Aquele, que era posteiro!
Moço guapo! No entrevero
é como um raio a cavalo.

Trezontonte levou um pealo
mas é sujeito de potra:
já está pronto pra outra,
sempre disposto e faceiro.

E a moça voltava ao rancho,
tão moça ainda, e tão só!
E quando fitava a estrada,
só via o vazio do nada,
o nada o silêncio e o pó.

Não sabe quem vem primeiro,
se vem o pai, ou o filho.
E os seus olhos, novo brilho
roubaram de dois luzeiros.

Cada noite, cada aurora,
vai encontrá-la a pensar:
quando o marido voltar,
de novo estará bonita
- novo vestido de chita
e novo brilho no olhar.
E quando o filho chegar,
quantas cargas de carinho
carretearão os seus dedos!
Quantos e quantos segredos
sussurrarão, bem baixinho!
E para ele, os passarinho
cantarão nos arvoredos...

Qual deles chega primeiro?

E se um deles não chegar...?

Mas a guerra segue além,
o filho ainda não vem
e ela a esperar e a esperar!...

Bendita mulher gaúcha
que sabe amar e querer!
Esposa e mãe, noiva e amante
que espera o guasca distante
e acaba por compreender
que a vida é um poço de mágoa
onde cada pingo d'água
só faz sofrer e sofrer"


By Antônio Fagundes
Postado hoje em DESGARRADOS por Amorim Edson

Parabéns POEMATIZE-SE Um FELIZ ANIVERSÁRIO!








Aniversário de um mundo mágico


Certo dia estava eu conversando
No tal mundo virtual
Nele encontrei alguém de inteligência acima do normal.
Chamado Protásio Vargas
O moço em mim reparou
Pelas coisas que eu dizia
Conversando em notas do face
Tudo em forma de poesia.
Começamos a poetar
Até que um vídeo postei,
Nem ao menos reparei
Foi parar em seu mural.
Foi assim meu belo poeta
Não sei se vais lembrar
Entrei em poematize-se
Meu padrinho gaúcho
Vive em MINAS GERAIS.
Este encanto de lugar
Que pra você já existia
Era o mundo virtual
O recanto da poesia.
Desvendou um lado meu
Que estava amortecido.
Aqui fui encontrando amigos,
Fazendo poesia
Ao me encantar e Encantar outros
Recebi uma carta poética
Que hoje carrego com carinho
Alegria
Orgulho
Amor
É minha carta da poesia a CP 62.
Parabéns Protásio Vargas
Parabéns a todos os poetas e poetisas
Que fazem parte deste mundo encantado
A Equipe que formou
Todos em defesa da cultura e do sonho e do AMOR.


CP 62 Bia Castellano

MINHA CAMINHADA





Coisas da vida
Tudo nela é importante
Todos os dias e os momentos são importantes
Os dias
As horas
As pessoas que por nós passam
Pessoas que vão
Pessoas que ficam
Pessoas que lembramos
Mas fizeram parte da jornada
Eu sigo a caminhada
Encontrando
Me perdendo e me achando
Caindo mas levantando
Ando firme
Firme... Eu sou!
Sigo sempre
Não olho nunca pra trás
Quem ficou na caminhada
Fez parte da jornada
Passou
Os que seguem comigo
São eternos
Meus amigos
Meus amores
Meu abrigo
É preciso continuar....
Antes de andar em frente eu descanso
Contemplo e penso...
Olho pra cima vejo o céu
Já se faz tarde
No coração eu carrego
Aquilo que eu vivi
Na lembrança tua imagem
Teu abraço
Quando sinto o teu cansaço
Teu carinho
Tua coragem
Olho para o lado estas aqui!


BIA.